Embriologia

 

O que é Embriologia?

A embriologia é uma área da biologia que estuda o desenvolvimento embrionário dos organismos vivos, ou seja, o processo de formação do embrião a partir de uma única célula, o zigoto, que originará um novo ser vivo.

O que a Embriologia Estuda?

A Embriologia estuda todas as fases do desenvolvimento embrionário desde a fecundação, formação do zigoto até que todos os órgãos do novo ser estejam completamente formados. Também são consideradas as etapas anteriores à gestação do embrião, uma vez que influenciam no processo.

Atualmente a embriologia é uma parte da Biologia do Desenvolvimento, e está relacionada com diversas áreas de conhecimento como a citologia, a histologia, a genética, a zoologia, entre outras. Algumas das especialidades da Embriologia são:

  • Embriologia Humana: área que se dedica ao conhecimento sobre o desenvolvimento de embriões humanos, estudando as malformações e doenças congênitas. A embriologia clínica ou médica aos estudos sobre embriões em processos de reprodução assistida;
  • Embriologia Comparada: é a área que se dedica a estudar o desenvolvimento embrionário de diversas espécies animais, comparativamente. É importante para os estudos evolutivos;

  • Embriologia Vegetal: estuda os estágios de formação e desenvolvimento das plantas.Embriologia – O que é? Como Funciona e Etapas - Gestão Educacional

    Embriologia Humana

    Tomando como exemplo o desenvolvimento embrionário humano, as fases do desenvolvimento do novo indivíduo são:

    Gametogênese

    Na gametogênese são formados os gametas a partir de células especializadas chamadas células germinativas, que passam por várias mitoses e se multiplicam. Depois elas crescem e passam pela primeira divisão meiótica, formando células-filhas com a metade dos cromossomos da célula-mãe.

    Nos gametas femininos a meiose é interrompida antes de se completar, originando um ovócito secundário e um corpo polar primário bem menor.


    O que é Embriologia?

    Fecundação

    Após o ato sexual os espermatozoides lançados dentro do corpo feminino têm de alcançar o ovócito. Quando um espermatozoide consegue penetrar no ovócito secundário é completada a divisão meiótica e o óvulo recém-formado pode ser fertilizado. Na fecundação ocorre a cariogamia, ou seja, a fusão dos núcleos dos gametas e formação do zigoto.

    Desenvolvimento Embrionário Humano

    Basicamente em todos os animais o desenvolvimento do embrião abrange três fases principais: segmentação, gastrulação e organogênese.

    Segmentação

    Logo após a formação do zigoto iniciam as clivagens, fazendo aumentar o número de células. As divisões são rápidas e em cerca de uma semana, no estágio de blastocisto, se fixará na parede uterina para dar continuidade ao processo.

    Gastrulação

    Nessa fase aumenta não só o número de células, como o volume total do embrião. São formados os três folhetos germinativos ou folhetos embrionários (ectoderma, mesoderma e endoderma), iniciando a diferenciação celular que originará os tecidos do corpo.

    Organogênese

    O que é Embriologia?

    Na organogênese começam a ser formados os órgãos. Os primeiros são os órgãos do sistema nervoso originados do ectoderma, a camada mais externa. Isso ocorre por volta da terceira semana de gestação.

    Na espécie humana as principais fases do desenvolvimento do embrião são a clivagem ou segmentação, gastrulação e organogênese.

    Durante a clivagem as divisões mitóticas são rápidas e dão origem as células chamadas blastômeros.
    Diante da velocidade com que as células se dividem, o embrião apresenta aumento do número delas, mas não de tamanho. 

  • O primeiro estágio da clivagem é a mórula, um maciço celular originado entre o terceiro e quarto dia após a fecundação.

    Na segunda e última etapa ocorre a blástula, onde as células delimitam uma cavidade interna chamada blastocele, cheia de um líquido produzido pelas próprias células.
    Até a fase de blástula as células embrionárias são chamada 
    células-tronco, que podem originar todos os diferentes tipos de célula do corpo.

    A partir da blástula, inicia a fase de gastrulação, onde o embrião começa a aumentar de tamanho e surge o intestino primitivo ou arquêntero e ocorre a diferenciação dos folhetos germinativos ou embrionários.

    Os folhetos darão origem aos diferentes tecidos do corpo e se dividem em ectoderme, endoderme e mesoderme.
    Ectoderme: epiderme, unhas, pelos, córnea, cartilagem e ossos da face, tecidos conjuntivos das glândulas salivares, lacrimais, timo, tireóidea e hipófise, sistema nervoso, encéfalo e neurônios, entre outros.
    Endoderme: pâncreas, sistema respiratório (exceto cavidades nasais), pulmões, fígado e epitélio da bexiga urinária, entre outros.
    Mesoderme: derme da pele, músculos, cartilagens e ossos (exceto da face), medula óssea, rim, útero, coração, sangue, entre outros.

    Ao final da gastrulação, o embrião é chamado de gástrula.
    A última fase do desenvolvimento embrionário é a organogênese, onde ocorre a diferenciação dos tecidos e órgãos. O primeiro estágio dela é a neurulação, quando há formação do tubo neural, que se diferenciará no sistema nervoso central.  Durante a neurulação, o embrião recebe o nome de nêurula. A organogênese termina até a oitava semana de gestação, por volta do 56º dia. Nesse período, o embrião mede cerca de 3 cm de comprimento.
    QUESTÕES sobre EMBRIOLOGIA com gabarito + RESUMO

    Tipos de óvulos:

    Tipos de óvulos

    Os ovos são classificados de acordo com a quantidade e distribuição do vitelo (reserva nutritiva), que garantem o desenvolvimento embrionário.
    A partir desse componente de reserva, os óvulos podem ser:

    – Óvulos oligolécitos, isolécitos ou alécitos

    Apresentam uma quantidade pequena de vitelo, que está distribuída de maneira uniforme pelo citoplasma. Ocorre nos espongiários, celenterados, equinodermas, protocordados e mamíferos. 

    – Óvulos heterolécitos, mediolécitos ou telolécitos incompletos.

    Apresenta uma quantidade média de vitelo que está concentrada abundantemente no pólo vegetativo. Ocorre nos platielmintes, moluscos, anelídeos e anfíbios. 

    – Óvulos telolécitos completos ou megalécitos

    Apresenta uma quantidade abundante de vitelo que ocupa praticamente todo o ovo, deixando o núcleo e o citoplasma numa pequena área do pólo animal, chamada cicatrícula ou disco germinativo.
    Aparecem em cefalópodes, peixes, répteis e aves.

    – Óvulos centrolécitos

    O ovo possui uma abundante reserva de vitelo na região central do ovo, em volta do núcleo. Ocorre nos artrópodes. 

    O que é Placenta? 

    placenta é um órgão em formato de disco que é formado pela união do endométrio e membranas extraembrionárias. Está presente na maioria dos mamíferos, denominados de eutérios, e ausente em outros, como os ornitorrincos, que são denominados de prototérios.

    Funções da Placenta

    A placenta apresenta vasos sanguíneos do embrião e maternos e, assim, é possível a realização das trocas gasosas, remoção das excretas do embrião e o fornecimento de nutrientes e imunidade. Além dessas funções, a placenta também produz hormônios de grande importância para a manutenção da gravidez, como o HCG, estrógenos e progesterona.

    Embora a placenta permita a troca de materiais entre mãe e feto, não há ligação direta entre a circulação materna e embrionária, sendo essa troca de materiais realizada por difusão e transporte ativo. Como a placenta permite essa troca entre mãe e feto, muitas substâncias tóxicas e agentes patogênicos, como alguns vírus, conseguem atravessar a placenta, podendo causar sérios problemas ao feto. Assim, é indispensável o acompanhamento médico durante toda a gestação, com a realização de exames e, no mínimo, seis consultas pré-natais. Também é necessária a adoção de hábitos de vida saudáveis pela gestante, como manter uma alimentação rica em nutrientes e evitar o uso de álcool, tabaco e outras drogas.

  • Placenta - Mundo Educação
     
  • O que é Marsupiais?

    Marsupiais

    Os marsupiais são animais mamíferos que possuem com característica principal o marsúpio.

    O marsúpio é uma bolsa de pele, localizada na região abdominal das fêmeas, onde os filhotes completam o seu desenvolvimento.
    Porém, nem todas as espécies de marsupiais possuem marsúpios bem desenvolvidos. Nesses casos, os filhotes ficam agarrados aos mamilos das mães.Essa condição difere os animais marsupiais dos placentários, cujo desenvolvimento embrionário ocorre totalmente no interior do útero.

  • Marsupiais – Wikipédia, a enciclopédia livre

    Anexos embrionários

    Os anexos embrionários são estruturas formadas a partir dos folhetos germinativos que não fazem parte do corpo do embrião.
    Observe a localização dos anexos embrionários no ovo de uma ave
    Observe a localização dos anexos embrionários no ovo de uma ave

    O saco vitelínico é uma estrutura formada a partir do mesoderma e endoderma, que envolve o vitelo, participando, assim, do processo de nutrição do animal em desenvolvimento. Essa membrana é a primeira a ser formada e está ligada diretamente ao intestino do embrião. Apresenta-se bem desenvolvida em peixes, répteis e aves, entretanto é reduzida em mamíferos, nos quais a placenta assume a função de nutrição. Nos peixes, apresenta-se como o único anexo embrionário presente; e, em anfíbios, não é observado, uma vez que o vitelo encontra-se no interior de células chamadas de macrômeros.

    O âmnio é uma membrana formada a partir do ectoderma e mesoderma que envolve o embrião de répteis, aves e mamíferos. Ele delimita a chamada cavidade amniótica, a qual apresenta em seu interior o líquido amniótico. Este possui como principais funções proteger o embrião contra choques mecânicos e evitar a sua desidratação. Os animais que possuem essa estrutura são chamados de amniotas, e os que não possuem, de anamniotas. Nos mamíferos, a estrutura é conhecida popularmente como bolsa d'água.

    cório, também chamado de serosa, é uma membrana formada a partir do mesoderma e ectoderma que recobre todo o embrião e os outros anexos embrionários. Em répteis e aves, ela está localizada logo abaixo da casca do ovo e atua, junto ao alantoide, nas trocas gasosas, além de proteger o embrião. Nos mamíferos, essa estrutura origina a placenta.

    O alantoide está presente em répteis, aves e mamíferos, sendo formado a partir do mesoderma e endoderma. É uma membrana que está relacionada com as trocas gasosas. Em répteis e aves, ele armazena o produto da excreção do embrião, retira parte do cálcio da casca e transfere-o para o esqueleto do animal em formação. Em mamíferos, apresenta-se pouco desenvolvido, uma vez que a placenta é responsável por desempenhar o papel dessa estrutura.

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